Mostrando postagens com marcador virus. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador virus. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Dengue: verdades e mentiras


Como outras doenças, a dengue deixa muitas pessoas apavoradas e com muitas dúvidas. Vamos então desvendar algumas mentiras e esclarecer verdades sobre essa doença.

Comer inhame, alho ou ingerir complexo B previnem a dengue. O que atrai a fêmea do mosquito para o corpo humano é o cheiro. Por isso, qualquer produto que ingerimos, quando eliminado do organismo, confunde a fêmea, já que modifica nosso cheiro. Mas cuidado! Essas substâncias precisam ser consumidas em grandes quantidades para que a eliminação chegue a confundir o mosquito. Inhame em grande quantidade não faz tão bem ao organismo, complexo B em excesso causa toxidez e o alho, bom... o alho traz aquele mau hálito.

Para evitar a dengue pode usar e abusar do repelente. Calma, não vai exagerar no repelente! Ele serve sim, pois como modifica o cheiro da nossa pele, confunde a fêmea e a afasta. O mesmo acontece com o uso de perfumes e outros cremes. Mas atenção: a utilização em excesso de tais produtos pode causar reações alérgicas. Não se deve passar no rosto de crianças e nem nas mãos de bebês, que podem levá-las à boca.

Ar-condicionado e ventilador impedem picadas. A queda de temperatura e da umidade em um ambiente com ar-condicionado inibem a ação dos mosquitos e o ventilador os espanta. Entretanto, nos dois casos, só se evita o contato com os mosquitos. Eles não morrem.

Acender vela de andiroba afasta mosquitos. Afasta, mas não mata. E só funciona em ambientes fechados com até doze metros quadrados.

Existem pessoas que são contaminadas mas não desenvolvem os sintomas. É verdade. Existem casos em que pessoas contaminadas com o vírus não manifestam a dengue. Alguns estudos apontam que 40 a 50% das pessoas picadas não apresentam sinais ou desenvolvem os sintomas.

O mosquito não consegue atingir locais altos. Algumas pessoas que moram em andares altos de prédios acreditam estar longe do Aedes aegypti. Mas não estão. É mais incomum, porém já foram encontrados focos do mosquito em locais altos. Em um prédio, a proliferação de mosquitos deve ser motivo de preocupação para os moradores de todos os andares. Os mosquitos podem ser levados até dentro de elevadores. Em relação ao deslocamento do mosquito em áreas planas, já se sabe que ele pode voar até um quilômetro distante dos locais onde estão os seus ovos.

Aspirina e outros medicamentos similares devem ser cortados. A Aspirina®, assim como o AAS® e o Melhoral®, contém ácido acetil-salicílico, substância que "afina o sangue" e ajuda na circulação, o que pode facilitar hemorragias. São medicamentos que devem ser evitados. Entretanto, existem pessoas que normalmente usam estes ou outros remédios até mesmo naturais, como Ginkgo biloba, por exemplo, para prevenir varizes, infartos e formação de coágulos. Como nestas situações a medicação faz parte de um tratamento, verifique com seu médico a importância de manter a medicação nesta época de epidemia. E em caso de suspeita de dengue, é melhor suspender o medicamento e entrar imediatamente em contato com o médico.

Existem remédios homeopáticos capazes de tratar a dengue. Estão circulando na internet informações sobre remédios homeopáticos capazes de tratar a dengue. No surto de 2007, o município de São José do Rio Preto, em São Paulo, chegou a utilizar a medicação no tratamento da doença em postos de saúde. Mas é necessário alertar: as fórmulas homeopáticas não curam e nem previnem a dengue. De acordo com o Dr. Fábio Bolognani, presidente da Federação Brasileira de Homeopatia, o que elas fazem é auxiliar o tratamento. Não substituem cuidados essenciais como a hidratação, por exemplo. Por isso, para que você utilize remédios homeopáticos, além de procurar saber se eles são liberados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), você deve consultar seu médico sobre o uso dessa medicação. Não abandone um tratamento já prescrito ou tome medicamentos por conta própria. Lembre-se: todo e qualquer remédio deve ser receitado por médicos.

No tratamento, o soro caseiro ajuda a hidratar. Dependendo da gravidade da doença, ao paciente pode ser indicada a hidratação intravenosa. Em outros casos, quando a doença se manifesta de forma mais fraca, basta que o paciente se hidrate oralmente, o que ele pode fazer ingerindo soro caseiro, água, sucos e chás. Mas que fique claro: somente o médico pode diagnosticar qual o tipo de hidratação deve ser aplicado.

Usar meias brancas afasta o mosquito. Os mosquitos rejeitam a claridade. O uso de meias brancas apenas serve para tentar manter o mosquito afastado. A distância, no entanto, não está garantida, já que os mosquitos picam as pessoas mesmo quando elas estão protegidas por roupas.

Colocar borra de café no pratinho das plantas evita que o mosquito se prolifere. Uma pesquisa da bióloga Alessandra Laranja, da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo), observou que a presença da borra de café - pó que resta depois do café ser coado - em pratinhos de plantas, "copos" do interior de bromélias ou mesmo sobre a terra dos vasos impede que estes recipientes virem criadouros do mosquito. Segundo a bióloga, a borra impede que o mosquito chegue à sua fase adulta pois intoxica a larva, que morre. Entretanto, a real eficácia da utilização da borra de café é contestada por vários pesquisadores.

Colocar água sanitária na água elimina larvas. É verdade. Água sanitária é capaz de matar as larvas. O problema é a quantidade necessária dessa substância. Autoridades da área da saúde aconselham uma colher de chá de água sanitária para cada litro de água. A solução serve também para regar plantas. Mas é bom lembrar que esta dosagem não garante a morte de todas as larvas. E, além disso, é sempre bom recordar o cuidado no uso da água sanitária, que deve ficar longe das crianças e da água para consumo.

Dengue hemorrágica só ocorre em pessoas que tem a doença pela segunda vez. Mentira. A dengue hemorrágica pode ocorrer em quem nunca teve sintomas da dengue antes. Muitas pessoas também acham que quem tem a doença pela segunda vez obrigatoriamente vai apresentar o tipo hemorrágico. Isto também não é verdade: apesar do risco ser maior que da primeira vez, grande parte das pessoas não apresentam o tipo hemorrágico na segunda ou terceira vez. Além disso, muitas vezes as pessoas já contraíram a dengue e não sabem, porque não apresentaram sintomas.

O mosquito da dengue só pica no início do dia ou no fim da tarde. As primeiras horas da manhã e as últimas da tarde são as horas de maior atividade dos mosquitos. Entretanto, mesmo em outros horários, eles podem atacar à sombra, dentro ou fora de casa.

O mosquito também se reproduz em água suja. Não é verdade. O mosquito não modificou seus hábitos. Continua tendo hábitos diurnos, prefirindo o calor (temperaturas entre 24º C e 28º C), alimentando-se de sangue humano e sua reprodução continua acontecendo em água limpa e parada.

(Nota A Visão do Saber: Uma pesquisa da Superintendência de Controle de Endemias de São Paulo (Sucen), realizada em 2011 mostra que uma mutação do mosquito Aedes aegypti já se desenvolve em água suja e salgada.)


Fonte: http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=969&sid=8

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Aids


Detectada no final da década de 1970, a AIDS se configurou rapidamente como uma das maiores ameaças à saúde pública no século XX.

A grande capacidade de contágio, a elevada taxa de mortalidade e um quadro clínico arrasador fizeram desse mal um dos mais graves problemas sanitários e sociais que o homem moderno tem a enfrentar.

A AIDS (sigla de acquired immune deficiency syndrome, ou síndrome da imunodeficiência adquirida) é provocada por uma infecção virótica que danifica o sistema imunológico humano. Em conseqüência, todo o organismo fica exposto a outras infecções, como pneumonia, tuberculose, diarréia etc...

A infecção inicial é provocada pela contaminação direta do sangue por fluidos corpóreos que contenham o retrovírus HIV (sigla inglesa de "vírus da imunodeficiência humana"). Os retrovírus se reproduzem com a ajuda de uma enzima chamada transcriptase, que torna o vírus capaz de copiar (transcrever) suas informações genéticas em uma forma que possa ser integrada no próprio código genético da célula hospedeira. Assim, cada vez que a célula hospedeira se divide, produzem-se também cópias do vírus, cada uma das quais contém o código virótico.

A moléstia desenvolve-se em três fases. Inicialmente, o HIV entra na corrente sangüínea e provoca o desenvolvimento de anticorpos. Os sintomas aparecem na segunda fase: suores noturnos, febre, diarréia, perda de peso, cansaço e infecções incomuns. A AIDS é, a rigor, a terceira fase do processo, em que surgem as chamadas infecções oportunistas e, finalmente, sobrevém a morte. Os anticorpos do HIV podem ser detectados no organismo duas a oito semanas após a inoculação, mas o vírus fica incubado entre um ano e meio e cinco anos antes que surjam sintomas.

O vírus se transmite pelos fluidos corpóreos, particularmente o sangue e o sêmen. Assim, o contato social com o soropositivo não configura risco de contágio. Por outro lado, a pessoa que ignora estar contaminada pode transmitir a doença. A situação de risco mais importante é a relação sexual, especialmente a anal, pois a mucosa do reto é mais frágil que a da vagina e se rompe facilmente durante o coito, abrindo caminho à entrada do vírus na corrente sangüínea. Outro fator de risco são as transfusões de sangue. A terceira é a aplicação de injeções com agulhas contaminadas. E a quarta é a gestação; a mulher infectada muitas vezes contamina o feto.

A doença foi detectada pela primeira vez em 1979, entre homossexuais masculinos americanos. Por apresentar sintomas parecidos com os de outras moléstias, pôde a princípio passar despercebida e assim expandir-se rapidamente. O primeiro diagnóstico foi feito em 1981, e em 1983 o vírus foi identificado na França, por uma equipe do Instituto Pasteur. Em 1985, criou-se o primeiro método para descobrir no sangue anticorpos do vírus da AIDS.

No início da década de 1990 foi testada uma série de medicamentos contra o HIV. Nenhum deles, porém, mostrou-se capaz de curar a doença. O único que efetivamente conseguia retardar a evolução do mal -- embora ao custo de pesados efeitos colaterais, sobretudo a anemia -- era o AZT (azidovidina). Outro campo de pesquisa eram os remédios contra as infecções oportunistas. Nenhum deles, porém, apresentava resultados comprovadamente eficazes. Apesar dos esforços, a AIDS espalhava-se rapidamente e se previa que no ano 2000 o número de infectados pelo HIV poderia chegar a quarenta milhões em todo o mundo.

A grande arma contra a AIDS é a prevenção. As campanhas sanitárias recomendam, em primeiro lugar, relações sexuais estáveis, com um mínimo de parceiros. Em segundo, o uso de preservativos (camisinhas). Em terceiro, para injeções usar exclusivamente seringas e agulhas descartáveis ou esterilizadas e, nas transfusões, sangue testado. E, finalmente, que as mulheres infectadas evitem ter filhos.



Fonte: http://www.renascebrasil.com.br/f_aids2.htm; Youtube