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sábado, 7 de agosto de 2010

Jogar videogame teria efeito de cocaína


SÃO PAULO- Terapeuta britânico afirma que jogar videogame por duas horas produz o mesmo ‘barato’ que inalar uma carreira de cocaína.

A polêmica entrevista de Steve Pope foi concedida ao jornal inglês The Evening Post.

Segundo ele, está havendo um grande aumento no número de jovens viciados em videogame – este, aliás, seria o vício que mais cresce naquele país.

Uma das explicações apresentadas pelo terapeuta é a de que as pessoas cada vez mais usam os games para escapar do mundo real e acabam viciadas na adrenalina que a atividade libera.

O comportamento que alguns jovens apresentam poderia então ser comparado ao uso da droga, como pular refeições, matar aula e até mesmo roubar dos pais para conseguir comprar mais jogos. Pope cita casos extremos de jovens que atende, como o de um garoto de 14 anos que jogou por 24 horas sem parar e apresentou sinais de desidratação. Quando os pais tentaram tirar o game dele, ele se tornou agressivo e ameaçou se jogar da janela.

Pope diz que atende pelo menos duas crianças por semana que jogam excessivamente – e que mais de duas horas por dia no game produzem o “barato” equivalente a usar uma carreira de cocaína.

Os efeitos seriam tão visíveis que algumas equipes esportivas já estariam se preocupando e proibindo atletas de jogar antes das partidas. Isso porque, nas palavras de Pope, os jogos causariam um “barato natural” que levaria a um desbalanceamento químico no organismo e, consequentemente, diminuiriam a performance em campo.

Pope cita como exemplo a equipe de futebol Fleetwood Town, na qual ele trabalha como psicoterapueta: lá, os dirigentes proibiram os atletas de usar qualquer game pelo menos 24 horas antes de um jogo.

fonte: http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/jogar-videogame-teria-efeito-de-cocaina-28052010-10.shl

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Texto: O fenômeno da Copa do Mundo



“Você pode estar se perguntando por que o secretário-geral das Nações Unidas está escrevendo sobre futebol. Mas a Copa do Mundo faz com que nós, nas Nações Unidas, morramos de inveja. Como o único jogo realmente global, praticado em todos os países, por todas as raças e religiões, é um dos poucos fenômenos tão universais quanto as Nações Unidas. Podemos até dizer que é ainda mais universal. A FIFA tem 207 membros. Nós temos 191.(...)”
Trecho retirado de artigo escrito por Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU, para a Folha de São Paulo, em 09 de junho de 2006.

O parágrafo anterior resume a ideia do fenômeno que é a Copa do Mundo: o trecho destacado compara a FIFA (Federação Internacional de Futebol) às Organizações das Nações Unidas, órgão mundial cujo objetivo principal é o de mediar as relações internacionais, tendo a paz como meta. Ora, a ONU, o órgão mais importante da comunidade internacional tem menos membros do que a FIFA: esse é um dado alarmante. Isso faz com que tomemos consciência de que não temos consciência real do significado deste torneio.

Historicamente, a Copa do Mundo surgiu como fruto do antigo Torneio Olímpico de Futebol em 1924, na França, organizado pela FIFA. O sucesso do evento foi tão grande que se pensou em eleger o melhor time internacional de futebol a cada quatro anos, independente dos Jogos Olímpicos. A primeira Copa aconteceu em 1930, no Uruguai. A escolha pelo país se deveu em virtude de o Uruguai ser considerado o melhor time na época, por ter vencido o Torneio Olímpico duas vezes consecutivas. A primeira Copa do Mundo ainda havia sido organizada nos mesmos moldes dos Jogos Olímpicos, em que apenas uma cidade oferecia as instalações esportivas. A partir da segunda edição, em 1934, tornou-se regra distribuir os jogos pelo país que sedia o evento.

Um estudo de Orlando Duarte apresenta o aumento da popularidade da Copa do Mundo desde 1930 até o evento de 2002. Os dados variam de 434.500 pessoas no evento inicial, atingindo, em 2002, 2,5 bilhões de espectadores. É preciso lembrar que em 1930 não existia televisão e havia muitas limitações nos meios de comunicação, fato inimaginável nos dias de hoje. Essa visibilidade mundial que a Copa do Mundo possui, faz dela um grande evento comercial. Isso significa que a FIFA construiu um negócio bilionário, vendendo a sua marca e seus direitos televisivos, ao oferecer às empresas globais a maior oportunidade publicitária do mundo.

Outra coisa importante para pensar é que não é apenas de futebol que vive a Copa do Mundo: economia e política também fazem parte do pacote! A escolha do país-sede do evento ocorre a partir de acordo entre investidores provados e instituições governamentais, a partir de interesses políticos e econômicos comuns. Além disso, a tensão da realização do mega evento é tão grande que a FIFA tem recorrido a coberturas financeiras contra possíveis cancelamentos de Copa do Mundo. Um exemplo que ficou bastante famoso foi o da Copa de 2002, ocorrida no Japão e na Coreia do Sul, em que a FIFA se assegurou contra cancelamentos decorrentes de terremotos ou de instabilidade política.

Isso porque os interesses envolvidos num evento do nível da Copa do Mundo de Futebol são muito maiores do que o simples amor pelo esporte. Mas é claro que isso acontece por parte de quem organiza. O lado de quem torce não tem economia e não tem política: o espectador quer ver o seu país vencer. E de preferência, com futebol bonito. É só quando vemos um país inteiro parar para ver um jogo de futebol na televisão que conseguimos compreender as palavras de Kofi Annan.

Fonte: http://www.brasilescola.com/educacaofisica/historia-da-copa-do-mundo.htm